Ás vezes me espanta o modo de como a saudade bate sem avisar. O poder de algo tão abstrato mexer com você, sem dar tempo ao menos de respirar. A saudade vem, não tem tempo, não avisa quando chega nem quando vai. Eu ando sentindo falta de muita coisa que passou e eu sei que não volta mais, me sinto insegura sobre o tempo, sobre como tudo um dia passa. Aquelas tardes chuvosas, sem nada pra fazer, um copo de chá no canto da cama, um suspiro, um filme, uma musica, um segundo. A saudade traz tudo de volta, mas tudo volta tão doído, doloroso de se ver novamente, e tentar reviver... Eu só sinto falta dos meus 9, 10 anos, de quando eu nem me preocupava com muita coisa, quando eu brincava ainda, me achava A grande. De quando eu era tão feliz, mesmo sendo tão imatura. Eu só sinto falta do passado, daquilo que eu sei que já foi. Enquanto a saudade bate, enquanto ela continua apertando, eu me contento com o medo de que nada fica, tudo vai. Eu vou, você vai, todos vamos... E o mundo continua, em uma incansável mutação. Acompanhe-o, assim como eu tento. 'A saudade não tem braço, mas sabe como apertar' :/
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
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